terça-feira, 5 de julho de 2016

Como começar o treino para a viagem de longa distância de bike?

Wild Ride


Quando além de planejar, você cria um blog na internet para compartilhar os planos de uma viagem que não se sabe muito bem quando nem como acontecerá, ocorre efeito interessante: você é obrigado a por em ação, uma vez que você não quer abandonar a promessa feita a bilhões de pessoas no mundo.

Minha atual companhia é uma Caloi 500 que estava parada há algum tempo.  Esta bicicleta apesar de ser uma gracinha é muito pesada e possui rodas de fábrica extremamente fracas e, vez ou outra, você tem que ficar desempenando. Eu não estava andando de bicicleta especialmente porque, na condição de estudante de um mestrado, eu tinha acesso ao Bilhete Único Estudantil com cotas livres. Então eu fazia a maior parte dos meus deslocamento nos ônibus da SP Trans e nos metrôs e trens de São Paulo.

Eu moro no Extremo Sul, no maravilhoso e poético bairro do Grajaú. Recomendo que você visite. O Graja tem alguns saraus, natureza, almas lutadoras e solidárias e uma incrível galeria de grafite que é a maior na América Latina.

A nossa região recebeu recentemente uma pequena infraestrutura cicloviária na Avenida Senador Teotônio Vilela, Rua Acácio Fontoura, Avenida Pedro Roschel Gottsfritz, Avenida Atlântica, dentre outras ruas da região. Certamente algumas dessas rotas precisam de melhoria e, especialmente, integração com outras ciclovias da região, terminais e estações. Inclusive aproveito para convidar os amigos para nos apoiar numa campanha contra o Deputado Goulart que quer retirar a ciclovia da Avenida Lourenço Cabreira, recentemente construída na região.

Apesar dessa malha cicloviária eu tenho usado a bike para fazer meus deslocamentos diários na região, que é um bom começo pra quem ficou mais de dois anos sem nem encostar na magrela. O auge da minha utilização da bicicleta foi no ano de 2014, quando eu usava as duas rodas pra me deslocar até uma escola da região onde eu trabalhava.

Cada pequeno deslocamento nesses primeiros dias de retorno foi uma história de desafio, dores e tremedeiras nas pernas. Mas aos poucos as subidas parecem menos desafiadoras e as pernas tendem a tremer menos e as dores começaram a desaparecer. É um pequeno passo para uma viagem de quase 1000 quilômetros, né? Mas é assim que a gente voa: com os pequenos passos!

O próximo estágio é fazer trajetos mais longos e aos poucos chegar a um tempo que corresponda o deslocamento diário de cada trecho da viagem. Só para recapitular: a viagem sugerida tem uma duração de aproximadamente 55 horas num trajeto de 960 Km.


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